The Rise of Fascism in Brazil

Analysis of Brazil’s Bolsonaro administration, its most active social support base, and the political crisis that gave rise to it shows that, operating with a concept of fascism embedded in the Marxist tradition, it can be characterized as (neo)fascist. The political crisis of 2015–2018 that led to it involved a crisis of hegemony of the bloc in power, the crisis of party representation of the dominant classes, political activism by the state bureaucracy, the political defensiveness of the workers’ and lower-class movement, and the formation of a reactionary middle-class movement. The option for fascism was not without risks, as is reflected today by the demonstrations of dissatisfaction with its administration. Uma análise do governo Bolsonaro no Brasil, a sua base social a mais ativa e a crise política que lhe deve origem, mostra que, baseado num conceito de fascismo enquadrado na tradição marxista, este governo pode ser denominado como (neo)fascista. O governo (neo)fascista de Bolsonaro era decorrente de uma crise política nos anos 2015-2018 que implicou uma crise de hegemonia no bloco de poder, uma crise de representação partidária das classes dominantes, um ativismo político na burocrâcia estatal, uma atitude defensiva política do movimento dos trabalhadores e classes pobres e a formação de um movimento reacionário da classe média. A opçao fascista não é isento de riscos vis-à-vis a burguesia como se reflete hoje nas manifestações de insatisfação com a administração burguesa.