Estudo da diferenciação das espécies de andiroba: carapa guianensis e carapa procera através do método quimiométrico

O presente trabalho teve como justificativa principal o estudo da diferenciação das espécies Carapa guianensis e Carapa procera com a utilização de dados de fluorescência de raios-X por dispersão de ondas. Estas são comumente chamadas de andiroba e andirobinha, respectivamente. Possuem distinções dificilmente perceptíveis a olho nú. O estudo da sua composição inorgânica é essencial no conhecimento mais aprofundado das espécies, uma vez que estas são cada vez mais utilizadas pela indústria. Avaliar as sementes quando cultivadas em solos diferentes é importante, uma vez que é necessário considerar fatores geológicos, climáticos e temporais na sua composição química como um todo. Levando em consideração as intensidades de metais detectados e ruídos gerados na construção do espectro da composição inorgânica, o objetivo do trabalho foi realizar a diferenciação, com o intiuito inicial de separar as espécies através dos métodos quimiométricos, auxiliando na compreensão do sistema químico. Deste modo, comparou-se dados dos espectros das composições inorgânicas das sementes das duas classes de plantas, em solos distintos. Obteve-se como resultado que as elas possuem alto grau de similaridade em suas composições elementares, agrupando-se amostras de espécies diferentes, bem como amostras cultivadas em solos distintos, dados estes comprovados em estudos quimiométricos tanto de Análise de Componentes Principais (PCA) quanto de Análise de Agrupamentos Hierárquico (HCA). Dessa forma, as espécies não se separam pelos motivos levantados como hipótese neste trabalho. A diferença entre elas parece estar relacionada a outros fatores, tais como composição orgânica e/ou a fisiologia de estruturação do vegetal.