Saúde mental dos docentes do curso de odontologia no ensino remoto: ansiedade e estresse

O contexto pandêmico gerado pela COVID-19, alterou bruscamente a educação no Brasil e no mundo, além de mudar o cotidiano e estilo de vida dos docentes dos cursos de Odontologia. Houve a necessidade de uma adaptação no modo de ensino, ocasionados pelo isolamento e distanciamento social que entraram em vigor. Todavia, esses novos modos de ensino, em específico com a implantação do ensino remoto, podem gerar problemas de saúde mental, como: ansiedade e estresse nos docentes. Dessa maneira, o este estudo teve como objetivo compreender as percepções relacionados as doenças mentais consequentes do contexto pandêmico da COVID-19, em docentes do curso de odontologia de diversas instituições de ensino superior durante o ensino remoto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com docentes de Odontologia, em que foi aplicado uma entrevista semiestruturada de forma remota. A entrevista semiestruturada foi gravada e realizada nas plataformas virtuais Google Meet ou Zoom, em dias e horários definidos pelo participante. As perguntas da entrevista abordaram sobre saúde mental no ensino remoto, possíveis sentimentos de estresse e ansiedade dos docentes durante o período pandêmico. Sendo que, a análise desses dados foi fundamentada na análise de conteúdo temática. O referencial teórico adotado foi as representações sociais, baseados no conceito de ancoragem e/ou objetivação. Foram encontradas quatro categorias: Objetivação dos sentimentos dos docentes; “Os dias e as noites parece que começaram a se misturar. […].”: contradição na qualidade do sono; Do temor ao alívio: retorno das atividades presenciais; Representação social dos docentes sobre as atividades de ensino. Conclui-se que o ensino remoto foram fatores estimuladores que comprometeram a saúde mental dos docentes.