Fatores que influenciam no autocuidado de pacientes diabéticos: uma revisão narrativa

Introdução: Diabetes Mellitus é uma doença crônica caracterizada pela hiperglicemia, é considerada um dos principais problemas mundiais para o sistema de saúde pública, em consequência de seu ascendente crescimento e elevado grau de morbimortalidade. Assim sendo, o autocuidado é um importante fator de controle modificável da glicemia, e implica em mudanças no estilo de vida e uso adequado da terapia medicamentosa. Objetivos: Realizar uma análise crítica da literatura a fim de investigar os principais fatores que influenciam o autocuidado em diabéticos no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, em que foram analisados artigos obtidos a partir das seguintes bases de dados eletrônicos e controles de busca: SCIELO, Lilacs e BDENF. A busca ocorreu no mês de abril de 2022, com utilização das palavras-chave “Atenção Primária”, “Autocuidado” e “Diabetes Mellitus”. Como critérios de inclusão, foram adicionados artigos no idioma Português e que abordassem a temática nos últimos 5 anos. Como critério de exclusão, descartou-se aqueles que não correspondiam ao objetivo do estudo ou que estavam repetidos em mais de uma base de dados. Resultados: Referente aos resultados observados, as práticas de autocuidado podem ser afetadas por reações emocionais, apoio familiar e o atendimento realizado pelas equipes da Estratégia Saúde da Família. Assim sendo, as reações emocionais negativas como, tristeza, raiva e medo estão relacionados a maus hábitos alimentares, sedentarismo, uso imoderado de medicamentos e compreensão equivocada de que a doença controla sua vida e impõe restrições alimentares. A falta de apoio familiar pode ser um agravante na adesão do autocuidado e na aceitação de sua condição. A qualidade da assistência e do acolhimento prestados na Atenção Básica está relacionado adesão das práticas de autocuidado. Conclusão: Perante o exposto, conclui-se que a prática de autocuidado é influenciável por fatores relacionados ao emocional, social, familiar e a assistência prestada na Atenção Básica, visto que quando os fatores supracitados forem negativos, o diabético terá menor adesão as atitudes de autocuidado necessárias para melhor qualidade de vida. Assim, torna-se necessárias intervenções educativas quanto à importância do autocuidado para controle glicêmico.