Financiamento internacional da economia do hidrogênio: uma visão a partir dos países importadores

Blucher Engineering Proceedings(2022)

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摘要
Nos últimos anos, a necessidade de redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) impulsionaram a busca dos países por soluções de baixa intensidade de carbono. Com a aceleração da transição energética, a queda expressiva de custos de fontes de geração de energia renováveis e a expectativa de redução dos custos dos eletrolisadores, o hidrogênio tem sido amplamente discutido, em sua rota de produção verde (i.e., através da eletrólise da água, sem emissões de GEE), como um vetor energético capaz de auxiliar os países no atingimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris. A descarbonização é, portanto, elemento-chave da centralidade do hidrogênio no período recente. A estruturação da economia do hidrogênio a nível global tem como característica central a necessidade de política industrial norteadora e, simultaneamente, engajamento de múltiplos stakeholders, associados à versatilidade de aplicações desse vetor energético. As estratégias e planos de ação voltados ao hidrogênio verde, já desenvolvidos por cerca de 30 países, adquirem contornos geopolíticos, à medida que este mercado emergente se consolida. A valoração de especificidades regionais, a necessidade de redução da dependência de importações e, simultaneamente, a visualização de vantagens estratégicas no mercado em formação são elementos basilares da visão de longo prazo dos países. Nesse sentido, novas relações comerciais emergem, com questões econômicas e estratégicas particulares. Com ênfase no desenvolvimento do hidrogênio verde a nível global, o presente artigo objetiva analisar a dinâmica internacional em curso a partir dos países importadores, notadamente Alemanha e Japão, destacando o papel das políticas públicas e financiamento. Simultaneamente, são delineadas perspectivas iniciais para a América Latina, com destaque para o Chile e o Brasil, em função de sua atuação potencial enquanto exportador de hidrogênio. Para tal, o artigo realiza uma revisão da literatura acerca da economia do hidrogênio e sua dinâmica internacional, visando compreender os contornos gerais desse mercado. Como arcabouço teórico, as políticas orientadas por missão demonstram um arcabouço adequado à análise da economia do hidrogênio, cuja motivação – ou missão, neste caso – resulta da transição energética. Em paralelo, empreendeu-se uma pesquisa documental, focada na compreensão das estratégias dos países selecionados e suas principais políticas. O artigo aponta, como resultado central, que o desenvolvimento da economia do hidrogênio exige ampla coordenação dos stakeholders e uma vasta política industrial, que integre os setores e agentes em uma abordagem que combina elementos top-down e bottom-up. Além disso, os investimentos e a estrutura de financiamento são considerados uma importante lacuna para o hidrogênio verde, embora a recuperação econômica pós-pandemia e a cooperação internacional tenham acelerado o desenvolvimento desses requisitos. A experiência da Alemanha e do Japão oferecem importantes subsídios para a análise de estratégias voltadas ao desenvolvimento do mercado e garantia de atendimento à demanda. Por outro lado, a América Latina apresenta evidências de uma potencial região exportadora que poderia se beneficiar de custos de produção reduzidos, em função da disponibilidade de renováveis, para desenvolver uma cadeia produtiva especializada, descarbonizada e estratégica para as economias de baixo carbono.
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