Abordagens terapêuticas do episódio de mania no transtorno bipolar

Introdução: O transtorno afetivo bipolar (TAB) é uma doença mental caracterizada por graves alterações de humor, incluindo humor elevado e depressão, que estão associadas a sintomas cognitivos, físicos e comportamentais. A profilaxia maníaco-depressiva destinada a prevenir a recaída em vários estágios é um dos principais desafios clínicos e de pesquisa na medicação psicotrópica contemporânea. Portanto, o presente trabalho visa promover o conhecimento sobre as abordagens terapêuticas (farmacológicas e não farmacológicas) do episódio de mania no TAB. Metodologia: Para nortear a condução deste estudo, formulou-se a seguinte questão: Quais são os principais tratamentos para os episódios de mania e hipomania no TAB? Para o levantamento bibliográfico deste estudo, foi realizada uma busca online na base de dados - Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS). Essas bases de dados foram escolhidas por conterem publicações nacionais e internacionais. Na pesquisa e levantamento dos artigos, de acordo com o tema em estudo, foram utilizados como descritores os termos Psicose afetivo-bipolar, Transtorno afetivo-bipolar, Transtorno maníaco-depressivo e Tratamento. Resultados: A partir dos textos estudados, foram identificadas duas grandes categorias de tratamentos: abordagens farmacológicas, quatro artigos (55%), e abordagens não farmacológicas, três (45%). Dentre o grupo que trata das abordagens farmacológicas no tratamento do TAB, merecem destaque os artigos que demonstram o tratamento na fase aguda (mania e hipomania) e na fase terapêutica. Para o grupo de tratamento não medicamentoso, existem vários artigos que mostram técnicas e abordagens psicoterapêuticas para redução de sintomas, sugeridas como complemento às abordagens farmacológicas e, por vezes, como ferramentas importantes para melhorar a adesão ao tratamento. Discussão: O diagnóstico precoce e o tratamento de episódios agudos de humor com medicamentos, como o lítio, carbamazepina, valproato, antipsicóticos atípicos e benzodiazepínicos melhoram significativamente os resultados, reduzindo o número de recaídas e dobrando a taxa de resposta ao medicamento. Conclusão: Pesquisas sugerem que a psicoterapia deve ser usada em conjunto com a medicação, pois pode reduzir a frequência e a duração dos episódios de alteração de humor, aumentar a adesão à medicação, reduzir as recaídas e melhorar as impressões clínicas.