Prevalência de sintomas depressivos e associação com fatores sociodemográficos, autopercepção de saúde, uso de álcool e violência: Estudo transversal na Atenção Primária à Saúde, Município de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil

Objetivo: Analisar a associação entre sintomas depressivos e os fatores sociodemográficos, autopercepção de saúde, uso de álcool e violência em amostra de usuários da Atenção Primária à Saúde (APS), do Município de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, Brasil. Métodos: Entrevistou-se 1125 pacientes e filtrou-se 1105 pacientes maiores. Avaliou-se sintomas de depressão (baseado no DSM IV) e fatores sociodemográficos, autopercepção de saúde, uso de álcool e exposição à violência. Aplicou-se análises univariada, bivariada e regressão logística. Resultados: A prevalência de depressão foi de 31,0% - dentre as mulheres foi de 35,1% e dentre os homens foi de 19,7% (p <0,0001). Os fatores associados foram sexo feminino, OR 3,3 (1,7 - 6,5); Renda baixa, OR 2,6 (1,1 - 6,3); Não trabalhar em atividade remunerada, OR 1,9 (1,1 - 3,7); Autopercepção de Saúde negativa, OR 2,3 (1,2 - 4,2); CAGE positivo, OR 3,3 (1,5 - 7,1); Beber em binge, OR 2,2 (1,2 - 4,3); Amnésia Alcoólica, OR 2,2 (1,0 - 4,9) e ter tido familiar assassinado, OR 2,2 (1,1 - 4,2). Conclusão: A prevalência de sintomas depressivos converge com estudos e identificou-se os fatores associados sexo feminino, baixa renda, não trabalhar em atividade remunerada, autopercepção de saúde negativa, uso abusivo de álcool e ter tido familiar assassinado.